quinta-feira, 25 de maio de 2023

BAKHTIN E O ESTUDO DA CARNAVALIZAÇÃO

 Mikhail Bakhtin, filósofo e teórico literário russo, é um dos pensadores mais influentes no estudo da "carnavalização" e do papel da cultura popular na formação de identidades e discursos sociais. Bakhtin desenvolveu suas ideias sobre a "carnavalização" em seu livro "Rabelais e seu mundo", publicado em 1965.

Segundo Bakhtin, a "carnavalização" é um aspecto fundamental da cultura popular, caracterizada pelo uso do humor, da sátira e da paródia para desafiar as ideologias e os discursos dominantes. Bakhtin via o carnaval como uma época em que as hierarquias e normas sociais eram temporariamente suspensas e as pessoas podiam se expressar de forma livre, criativa e subversiva.

Bakhtin argumentou que o modo carnavalesco de expressão teve um profundo impacto na literatura e na cultura, especialmente durante o período renascentista. Ele viu as obras de Rabelais, Shakespeare e Cervantes como exemplos da "carnavalização" da literatura, onde a cultura popular foi apropriada e reinterpretada para desafiar os discursos dominantes de seu tempo.

A teoria da "carnavalização" de Bakhtin enfatiza a importância da cultura popular como um local de resistência e subversão. Ele via a cultura popular como um meio de expressar a voz do povo e desafiar os discursos dominantes da classe dominante. Segundo Bakhtin, o carnaval era um espaço onde os marginalizados e oprimidos podiam afirmar suas identidades e desafiar a ideologia dominante por meio do humor, da sátira e da paródia.

No geral, a teoria da "carnavalização" de Bakhtin tem sido altamente influente nos estudos literários e culturais, fornecendo uma estrutura para a compreensão do papel da cultura popular na formação de identidades e discursos sociais.


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