Mikhail Bakhtin, filósofo e teórico literário russo, é um dos pensadores mais influentes no estudo da "carnavalização" e do papel da cultura popular na formação de identidades e discursos sociais. Bakhtin desenvolveu suas ideias sobre a "carnavalização" em seu livro "Rabelais e seu mundo", publicado em 1965.
Segundo Bakhtin, a
"carnavalização" é um aspecto fundamental da cultura popular,
caracterizada pelo uso do humor, da sátira e da paródia para desafiar as
ideologias e os discursos dominantes. Bakhtin via o carnaval como uma época em que
as hierarquias e normas sociais eram temporariamente suspensas e as pessoas
podiam se expressar de forma livre, criativa e subversiva.
Bakhtin argumentou que o modo
carnavalesco de expressão teve um profundo impacto na literatura e na cultura,
especialmente durante o período renascentista. Ele viu as obras de Rabelais,
Shakespeare e Cervantes como exemplos da "carnavalização" da
literatura, onde a cultura popular foi apropriada e reinterpretada para
desafiar os discursos dominantes de seu tempo.
A teoria da
"carnavalização" de Bakhtin enfatiza a importância da cultura popular
como um local de resistência e subversão. Ele via a cultura popular como um
meio de expressar a voz do povo e desafiar os discursos dominantes da classe
dominante. Segundo Bakhtin, o carnaval era um espaço onde os marginalizados e
oprimidos podiam afirmar suas identidades e desafiar a ideologia dominante por
meio do humor, da sátira e da paródia.
No geral, a teoria da
"carnavalização" de Bakhtin tem sido altamente influente nos estudos
literários e culturais, fornecendo uma estrutura para a compreensão do papel da
cultura popular na formação de identidades e discursos sociais.
CHATGPT
Nenhum comentário:
Postar um comentário